Educação Física na Educação Infantil - Educação de Corpo Inteiro
➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖
Professor Simone - Realizado em 2012/1
➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖
➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖
Por: Lino Carvalho - Face:Lino.Ufrj - Insta: @Linosfit - @UoLinosFit - CariocaLino
➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖
Alguns conteúdos como slides e apresentações podem ter sido extraviado, muitos por terem sido utilizado em pen drives ou por e-mail, não ficando na impresso!
➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖
Pessoal estou descartando todos meus impressos da faculdade de Educação Fìsica (UFRJ / EEFD), para não perder todo esse conteúdo que há muito tempo me serve como base, estou transcrevendo aqui no meu blog e espero lhe ajudar de alguma maneira
➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖
Para facilitar na localização da questão, basta usar a aba pesquisar acima do anuncio. Assim cole uma palavra da sua pergunta lá e a busca será feita em todo o site.
Por: @LinosFit - @TeamLineco
➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖
FREIRE, João Batista. Educação de corpo inteiro: teoria e prática da educação
física. São Paulo: Scipione, 1994.
Por: Lino Carvalho - Face:Lino.Ufrj - Insta: @Linosfit - @UoLinosFit - CariocaLino
➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖
Alguns conteúdos como slides e apresentações podem ter sido extraviado, muitos por terem sido utilizado em pen drives ou por e-mail, não ficando na impresso!
➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖
Pessoal estou descartando todos meus impressos da faculdade de Educação Fìsica (UFRJ / EEFD), para não perder todo esse conteúdo que há muito tempo me serve como base, estou transcrevendo aqui no meu blog e espero lhe ajudar de alguma maneira
➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖
Para facilitar na localização da questão, basta usar a aba pesquisar acima do anuncio. Assim cole uma palavra da sua pergunta lá e a busca será feita em todo o site.
Por: @LinosFit - @TeamLineco
➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖
1
PEGAGOGIA DO MOVIMENTO NA ESCOLA DE PRIMEIRA INFÂNCIA
➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖( Pag 16)
UM NOME INADEQUADO
A pré-escola é um lugar que, pelo nome, deve preparar crianças para a escola. Reduzir seu papel a isso, no entanto, seria uma pena, pois a primeira infância é um período da vida onde se pode viver muito intensamente. Quem não leu Monteiro Lobato, com seu Sítio do Pica-Pau Amarelo, ou A história sem fim, de Michael Ende? Quantos de nós não mergulhamos em mundos mágicos de fadas, bruxas, assombrações, dragões e heróis? Quem já não foi Narizinho, Emília ou o Visconde de Sabugosa? Quem nunca viajou, como atreiú, nas costas de um dragão da sorte?
Essa coisa de pré-escola me lembra uma história de Rubem Alves, no seu livro Estórias de quem gosta de ensinar, em que um pai, todo orgulhoso, pergunta ao filho o que ele vai ser quando crescer. A criança responde que vai ser médico, um dos rótulos respeitáveis que o pai admite ( poderia também ser engenheiro, advogado, diplomata...) Já um outro pai, que tem um filho leucêmico, diz-lhe que "se tudo correr bem, iremos ao jardim zoológico no próximo domingo..." Este pai não pode fazer perguntas sobre o futuro simplesmente por-
➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖( Pag 17)
que seu filho não tem futuro. Por ironia, a segunda criança acaba vivendo com intensidade cada dia da sua vida( que deverá ser curta), ao passo que a primeira apenas prepara-se para viver um futuro distante incerto, irreal... um futuro que inventaram para ela. Assim é a pré-escola: sempre preparando para o que vai chegar. Mas, chegar quando? Os quando, os agora, os depois não existem, pois o tempo adulta ainda não foi inventado - as crianças dessa idade ainda não contam os dias que as separam da morte, como nós, adultos, mesmo estando, às vezes, tão próximos dela. As crianças de pré-escola provavelmente nunca terminarão seu preparo. No 1 grau irão preparar-se para o 2; neste, para a faculdade: nesta, só hão de preparar-se para a profissão futura, para a ascensão a postos cada vez mais altos... e chega-se à constatação de que o presente, o real, o que existe, não existe, não é para ser vivido; o passado é aqui que se deixou de viver e o futuro é o que nunca chegará.
Poderíamos começar por mudar o nome pré-escola. Invetemos qualquer outro, mas que dê ideia de presente, pois, na infância, como em qualquer outra fase da vida, vale a pena viver como se cada dia fosse o último de todos. Poderíamos usar outros nomes, como escola de primeira infância ou jardim de infância ( que já foi usado no passado ), por exemplo.
O fato é que cada vez mais crianças estão sendo levadas para a escola na primeira infância. Com o aumento da miséria em nossa sociedade, os pais, ou conseguem colocar seus filhos em creches, berçários e escolas enquanto trabalham, ou, na maioria das vezes, os deixam em casa, aos cuidados da criança mais velha da família, de vizinhos, parentes... Cada vez mais as mães precisam trabalhar, porque o salário do marido é insuficiente para suprir as necessidade básicas de uma família. Bem que eu gostaria de todas as mulheres adquirissem o mesmo direito de trabalhar que os homens, mas em condições justas, não pelos motivos mencionados.
Levando seus filhos às escolas e creches, os pais geralmente não tem expectativas de que eles aprendam muita coisa, mas sim, de que sejam bem cuidados e alimentados. Até porque a hipocrisia que se vê na nossa sociedade é tão grande, que se investe amplamente nessa expectativa: negam-se aos pais condições dignas de trabalho
➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖( Pag 18)
que lhes permitam alimentar bem seus filhos, de modo que passam - pais e filhos - a depender do alimento que o Estado lhes concede, obviamente em troca dos votos e anuência com a corrupção que, cada vez mais, se alastra.
Miséria neste país é o que não falta, tanto física como moral... não sei qual a mais grave. Todos os que dão aulas para crianças sabem muito bem que, mesmo em escolas particulares - inclusive as mais caras - esse é um problema muito grave.
Quanto ao ensino propriamente dito, o que mais se espera é que a crianças cheguem à 1 série alfabetizadas. Há, no entanto, uma parcela de pais que colocam seus filhos nas escolas para serem orientados, desde o maternal, rumo à faculdade - um caminho de direção única. Ao sucesso!
Bem, tudo isso para dizer que, uma vez que escrevo um livro para professores de crianças, faço-o reconhecendo as péssimas condições em que vivem os nossos irmãos brasileiros, considerando também as carências daqueles outros ue não passam fome fisicamente, mas padecem de tantas outras que acabam por se tornar, eles também, extremamente pobres.
ATIVIDADE CORPORAL E BRINQUEDO
Se uma professora recém contratada for trabalhar numa escola de primeira infância e não tiver muito conhecimento teórico sobre o assunto ou uma boa experiencia prática, corre sério risco de atrapalhar muito mais que ajudar. Aliás, risco quem corre mesmo é a criança. Já não bastasse o fato de que os pequenos geralmente se traumatizam muito com a ida para a escola - passam dias e dias chorando, fazem um escarcéu danado por causa da separação das coisas e pessoas de sua casa, ainda tem a questão econômica da escola: professores competentes custam caro, e às vezes é preferível contratar alguém que não terminou ainda sua formação, ou nem a
➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖( Pag 19)
Iniciou (apesar de termos de reconhecer a competência de algumas professoras não-formadas em escolas). Gostem ou não, as crianças acabam se acostumando - não te m outro jeito. Arrumam amiguinhos e dedicam-se ao que melhor sabem fazer na vida, sempre que as deixam:brincar. Por sinal, fazem isso melhor que os professores, apesar do pouco espaço físico que as chamadas pré-escolas reservam para as atividade corporais (sendo mesmo assim autorizadas a funcionar, prova de que quem as autoriza não deve entender do assunto).
Como é esse brinquedo da criança na primeira infância? Será necessário compreender um pouco do desenvolvimento humano para entendê-lo, mesmo porque não é minha pretensão definir a configuração detalhada do brinquedo nesta ou naquela fase, a não ser suas tendencias, pois o brinquedo existirá de um jeito ou de outro, dependendo de fatores diversos como cultura, condições sociais e econômicas, desenvolvimento biológico, etnia etc. O que podemos dizer, sem risco de desrespeitar os fatores antes mencionados é, por exemplo, que quanto mais nova a criança, mais individual e autocentrado é seu brinquedo. A criança, em sua primeira infância, é muito centrada nela mesma. Contrai sua realidade trabalhosamente, adquirindo noções espaciais, temporais e do próprio corpo, diferenciando-se, assim, dos objetos ao seu redor. É plenamente admissível, por tanto, que essa centração nela mesma permaneça durante algum tempo. O que na o se deseja é que essa auto-centração estenda-se por longo tempo, atravessando a segunda infância, a adolescência e a idade adulta.
O conhecimento do mundo da criança nesse período depende das relações que ela vai estabelecendo com os outros e com as coisas. Navega ainda em águas rasas, pouco se distanciando da costa. O que conhece de si e das coisa é insuficiente para estabelecer relações de grupo e, por isso, centra seu brinquedo em sua própria atividade, em seus interesses.
A autocentração é, portanto, a marca característica da criança que entra na escola de primeira infância. Esse é um aspecto que vai sendo modificado pouco a pouco e, se o espaço da escola permitir que a criança aja em liberdade e o ambiente de sua casa não comprometê-la física e intelectualmente, ela chegará ao 1 grau razoavelmente
➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖( Pag 20)
socializada e estabelecendo relações de troca com seus iguais, ou seja, com seus colegas de turma na escola.
Tem muita escolinha por aí que não leva muito em consideração a importância do brinquedo e da atividade física para a criança. Algumas, inclusive, se dizem piagetiana. Daquilo com que Piaget pode contribuir para o ensino, retiram apenas aspectos relativos à alfabetização, o que geralmente é feito via Emilia Ferreiro, porém, dos demais aspectos do desenvolvimento, como o social e o motor, Piaget passa longe. Emilia Ferreiro possivelmente concordaria em que de nada vale esse enorme esforço para alfabetizar se a aprendizagem não for significativa. E o significado, nessa primeira fase da vida, depende, mais que em qualquer outra, da ação corporal. Entre os sinais gráficos de uma língua escrita e o mundo concreto, existe um mediador, às vezes esquecido, que é a ação corporal. Uma criança bloqueada no seu espaço de ação, graças, muitas vezes, à ansiedade de pais e professores por alfabetizá-la, acaba aprendendo a escrita e a leitura que lhe impõem, mas com sérias dificuldades em estabelecer, entre essas aprendizagem e o mundo, um elo de ligação.
Hoje em dia, até que algumas escolas de primeira infância estão contendo seu ímpeto de alfabetizar precocemente pois, pelo menos, aprenderam com Emilia Ferreiro
➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖( Pag 21)
entre outros, que a alfabetização se aprende desde sempre, independentemente do professor. (...) Ou seja, nesse processo o professor teria um papel importante, mas não exclusivo. Porém, a elaboração de uma escrita e leitura socialmente compreensível não deve ser precoce, e sim consequência do processo que a criança realiza, ajudada pela escola. Mesmo assim, raramente a escola tem a clarividência de incluir nesse processo a atividade física e o jogo.
Resumindo, uma criança não vai à pré-escola apenas para se alfabetizar. Se fosse esse o papel da chamada pré-escola, de duas uma: ou ela se condenaria a ser eternamente pobre como instituição de ensino ou, fazendo apenas isso, o resto das coisas que a criança precisa aprender ficaria, bem ou mal, por conta da sociedade. Cada veze mais a criança aprende menos na escola e mais pelos meios de comunicação que, sem dúvida, exercem mais influencia que o sistema de ensino. A escola presa perder a ilusão de que é ela a única que está ensinando o que é necessário para se viver em sociedade.
Não creio que a Educação Física e o jogo sejam a única solução para os problemas pedagógicos, mas diante das características da criança na primeira infância, não há por que não valorizá-los. Se o contexto for significativo para a criança, o jogo, como qualquer outros recurso pedagógico, tem consequências importantes em seu desenvolvimento.
O DESENVOLVIMENTO MOTOR
O papel da Educação Física no Desenvolvimento Infantil
Por diversas vezes, ao longo das páginas deste livro, estarei manifestando minha discordância quanto à crença de que podemos e devemos padronizar os movimentos das crianças. A Psicologia Infantil e depois a Psicomotricidade
➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖( Pag 22)
dedicaram parte de seus trabalhos à descrição dos movimentos que as crianças realizam ao longo de seu desenvolvimento, muitas vezes, contudo, desconsiderando aspectos fundamentais desse desenvolvimento, como o cultural e o social. Ou seja, as análises pautam-se muito mais por aquilo que se supõe existir internamente em cada indivíduo do que por aqui que lhe falta e é exterior a ele. Resumindo, o que quero dizer é que não acredito na existência de padrões de movimento, pois, para tanto, teria que acreditar também na padronização do mundo. Constato, isso sim, a manifestação de esquemas motores, isto é, de organizações de movimentos construídos pelos sujeitos, em cada situação, construções essas que dependem, tanto dos recursos biológicos e psicológicos de cada pessoa, quanto das condições do meio ambiente em que ela vive.
Assim, por exemplo, não tenho qualquer dúvida de que, fora situações especiais que gerem deficiências, toda criança que nasce possui recursos biológicos para respirar. Porém, isso não garante que ela respire. Um dos elementos indispensáveis ao ato de respirar - o oxigênio do meio externo - não nasce com o indivíduo: é um componente vital que não pertence a ele. Não posso se quer afirmar que existe uma ato respiratório em cada pessoa, mas sim, que a ação de respirar só existirá no momento em que aparelho respiratório e oxigênio se
➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖( Pag 23)
encontrarem. Portanto, ao descrever qualquer ação, ualquer movimento, não posso deixar de considerar que o ser humano é uma entidade que não se basta por si. Parte do que ele precisa para viver não está nele, mas no mundo dora dele. Como afirmar Manuel Sérgio, o homem é um ser carente, pois lhe falta parte do que precisa para compor a vida. Nem sequer para o simples ato de respirar ele se basta.
Boa parte das descrições sobre o desenvolvimento infantil referem-se aos atos de pegar, engatinhar, sugar, andar, correr, saltar, girar, rolar, e assim por diante, movimentos que constatamos em quase todas as crianças. O que se espera é que as crianças possam, da melhor forma possível, apresentar em cada período de vida uma boa qualidade de movimento, de acordo com certo modelos teóricos apresentados, ou seja, que aos três anos, por exemplo, corram ou andem com certa habilidade, que saltem de uma certa forma aos sete anos etc. É claro que é desejável que todos tenham habilidades bem desenvolvidas, mas o risco que se corre é o de se estreitar a visão para o problema, destacando o ato motor como alguma coisa que ocorre unilateralmente. Ora, um simples ato de pegar só existirá no momento em que a mão, que pode faze-lo, interagir com o objeto a ser pego. A mão que pega possui muitos recursos, mas o que tem de ser pego está fora dela, daí o sujeito precisar sempre completar-se no mundo, que possui a a parte que lhe falta.
Outro risco que vejo ser possível a partir de uma consideração isolada do ato motor, é a redução do papel da Educação Física. Se se colocar como objetivo do trabalho pedagógico apenas enquadrar as crianças em padrões de movimentos, isso poderá até ser conseguido, porém, com o risco de prejudicar um entendimento mais amplo do projeto educacional. Não nos esqueçamos de que, em passado recente, o padrão social de movimento na Alemanha nazista era de um tipo muito especial, rígido, disciplinado. A Educação Física corria atrás desse padrão. Hoje, entre nós, qual é o padrão desejado? As academias estão aí para responder. Como deve se movimentar uma criança atualmente? Somos nós que devemos responder a isso? Será que sua forma de movimentação, mesmo contrariando os padrões, não é sua maneira possível de estar no mundo? Adianta mudar um parte
➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖( Pag 24)
de seu corpo sem mudar o todo? É bem possível que estejamos procurando definir maneiras corretas de movimentação das crianças sem sequer entendê-las como seres que vivem em sociedade num determinado mundo.
A menos que nos abramos para um universo maior, que é onde as pessoas realmente vivem, nosso mundinho de Educação Física será ainda muito pequeno para ditar regras de comportamento corporal.
Em relação ao seu papel pedagógico, a Educação Física deve atuar como qualquer outra disciplina da escola, e não desintegrada dela. As habilidades motoras precisam ser desenvolvidas, sem dúvidas, mas deve estar claro quais serão as consequências disso do ponto de vista cognitivo, social e afetivo. Sem se tornar uma disciplina auxiliar de outras, a atividade da Educação Física precisa garantir que, de fato, as ações físicas e as noções lógico-matemáticas que a criança usará nas atividades escolares e fora da escola possam se estruturar adequadamente.
Além desses aspectos levantados rapidamente e que detalharemos mais adiante, é preciso entender que as habilidades motoras, desenvolvidas num contexto de jogo, de brinquedo, no universo da cultura infantil, de acordo com o conhecimento que a criança já possui, poderão se desenvolver sem a monotonia dos exercícios prescritos por alguns autores. Talvez não se tenha atentado para o fato de que jogos, como amarelinha, pagador, cantigas de rosa, tem exercido, ao longo da historia, importante papel no desenvolvimento das crianças. Lamentável é o fato de que não tenham sido incorporados ao conteúdo pedagógico das aulas de educação Física. Aprender a trabalhar com esses brinquedos poderia garantir um bom desenvolvimento das habilidades motoras sem precisar impor às crianças uma linguagem corporal que lhes é estranha. Assim como a linguagem verbal falada pela professora em sala de aula é, por vezes, incompreensível para os alunos, também a linguagem corporal pode se-lo, se não se referir, de início, à cultura que é própria dos alunos.
Finalizando, a adoção de atividades da cultura infantil como conteúdo pedagógico facilita o trabalho de professor das escolas de primeira infância, pois garante o interesse e a motivação das crianças.


