domingo, 10 de maio de 2020

Educação Infantil - [3] Terceira Etapa



Educação Física na Educação Infantil - Resumo Educação de Corpo Inteiro
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Professor Simone - Realizado em 2012/1
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Por: Lino Carvalho - Face:Lino.Ufrj - Insta: @Linosfit - @UoLinosFit - CariocaLino
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Alguns conteúdos como slides e apresentações podem ter sido extraviado, muitos por terem sido utilizado em pen drives ou por e-mail, não ficando na impresso!
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Pessoal estou descartando todos meus impressos da faculdade de Educação Fìsica (UFRJ / EEFD), para não perder todo esse conteúdo que há muito tempo me serve como base, estou transcrevendo aqui no meu blog e espero lhe ajudar de alguma maneira
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Por: @LinosFit - @TeamLineco
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 RESUMO:FREIRE, João Batista. Educação de Corpo Inteiro: Teoria e Prática da Educação Física. São Paulo, SP: Scipione, 1997.  

Capítulo  1  –  Pedagogia  do  movimento  na  escola  de  primeira  infância  (pré-escola/maternal)(por LinoCarioca)

  - Atividade Corporal e Brinquedo:  

         Segundo  o  autor,  para  compreender  o   significado  de  Brinquedo  da  criança  na primeira  infância  é  necessário   que  se  compreenda  um  pouco   de  desenvolvimento  humano,   visto  que  o  brinquedo   existir á  de  u m  jeito  ou  de  outro,  dependendo  de  fatores diversos  como  cultura,  condições  sociais  e  econômicas,  desenvolvimento  biológico , etnia etc. 

        Segundo  o autor, quanto  ma is  nova a criança,  mais  individual  e auto centrado é seu brinquedo.  A  criança,  par a  o   autor,  nesta  fase  ( prime ira  infância),  é  muito   centrada  nela mesma,  construindo sua  realidade  trabalhosamente,  adquirindo  noções  espaciais,  temporais e do  próprio   corpo, diferenciando -se,  assim, dos objeto s ao seu redor. 

       De  acordo  com  o  autor,  o   conhecimento   do   mundo  da  criança  nesse  período  depende  das  relações  que  ela  vai  estabelecendo  com  os  outros  e  com  as  coisas,  sendo  que  o   que  conhece  de  si  e  das  coisas  é  insuficiente  para  estabelecer relações  de  grupo  e, por isso,  centra seu brinquedo  em sua própria atividade, em seus interesses.

       Dessa  forma,  segundo  o  autor,  a  autocentração  é  a  marca  característica  da criança que entra na escola de  primeira infância.  

       O  autor  argumenta  que  para  o  aprendizado  ter  significado   na  escola  de  primeira  infância  para as crianças que a li estão , depende da  ação corporal

       Para  o   autor,  a  educação  física  e  o   jogo,  diante  das  características  da  crianças  na primeira  infância,  têm  de  ser  valorizados,  visto  que,  se  o  contexto  for  significativo   para a  criança,  o  jogo ,  como   qualquer  outro  recurso  pedagógico ,  tem  consequências  importantes em seu desenvolvimento. 

- O  Desenvolvimento  Motor: 

        • O papel da Educação Física no  desenvolvimento  infantil  

       De  início   o   autor  coloca  a  sua  posição   contrária  ao  fato  de  que,  como   professores de  educação  física,  podemos  e  devemos  padronizar  os  movimentos  das  crianças.  Para  o  autor não existe padrões de movimento . 

        Segundo  o   autor,  o   que  existe  e  o  que  o  mesmo  constatou,  é  a  manifestação  de esquemas motores,  isto   é,  de  organizações  de  movimentos  construído s  pelo s  sujeitos, em  cada  situação,  construções  essas  que  dependem,   tanto  dos  recursos  biológicos  e psicológicos de cada pessoa,  quanto  das condições  do meio ambiente em que ela vive.  

        Segundo  o  autor,  para  descrever  qualquer  ação,  qualquer  movimento,   não podemos  deixar  de considerar que o ser humano  é uma  entidade que  não   se  basta  por  si;  Parte do que ele precisa para viver não está nele, mas no mundo fora dele.

       Em  relação  ao  papel  pedagógico   da  educação  física,   para  o  autor,  deve -se  atuar integrada à escola, deixando de ser uma disciplina  auxiliar às outras, onde a atividade da  Educação  Física  precisa  garantir  que,  de  fato ,  as  ações  físicas  e  as  noções  lógico -matemática s  que  a  crianças  usará  nas  atividades  escolares  e  fora  da  escola  possam  se  estruturar adequadamente. 
 
       Para o  autor, a  adoção  de  atividades da  cultura  infantil como  conteúdo  pedagógico  facilita  o  trabalho   de  professores  das  escolas  de  prime ir a  infância,  pois  garante  o interesse e a  motivação  das crianças. 

            • O esquema motor 

        Segundo  o   autor,  “se  tivermos  o   cuidado   de  observar  com  atenção  uma  criança  pequena  em  seus  intentos  para  pegar  objetos  ao  seu  redor,  verificaremos  a  dificuldade  que  alcançar  certos  objetos  provoca.  Com  alguns objetos,  seu  êxito   é  imediato ;  Com outros,   haverá  uma  sucessão  de  fracassos até  que  ela  obtenha um  bom  result ado .  Porque isso  ocorre?  Acontece  que  o  esquema  que  permite  manipular  um  objeto  não   serve  de imediato para  a  manipulação  de  outro.  Cada  coisa  a  ser  pega  exige  uma atividade  motora  particular.  Cada  assimilação  exige  uma  acomodação.  Podemo s  verificar,  na  criança,  que  seu  impulso  mais  imediato   é  aplicar  ao  objet o   novo  o   esquema  que  já  utilizou  em  outros.  Fracassando  uma  vez,  ela  tende  a  continuar  tentando,  passando , pouco  a pouco,  a  considerar  as característica s  do   novo objeto,   até  que o   esquema  inicial utilizado  possa ser modificado , adaptando -se à nova situação ”.

            • O surgimento da linguagem   
      
        Segundo  o   autor,  a  linguagem  é  fundamental,   não  só  par a  a  estruturação  de  um nível  cada  vez  mais  e levado  de  pensamento,   mas  mesmo para  a  estruturação  de  outros atos  motores.  Segundo   Freire,  não  podendo  falar ,  o recurso   da  criança  para  agir  no mundo são  as sensações e os movimentos corporais.    


       • Os períodos do desenvolvimento infantil                                                         

         A  linha  de  pensamento   do  autor  quanto  a  este  assunto,   apresentada  pelo   mesmo ,  que  norteia  seus  trabalhos  segue uma orientação teórica  influenciada por Piaget , Wallon e  Vygotsky,   pois  os  mesmos  consideram  a  atividade  motora  como  um  meio  de adaptação, de transformação ,  de relacionamento com o  mundo. 

         Corpo  submisso,  segundo  Freire,  é  a  etapa  onde  a  criança,  ao   nascer,  é caracterizada  por  uma  atividade  do   tipo   automática,  reflexa,  que  lhe  permite  receber diversos  alimentos  para  sobreviver,  além  de  formar  e  desenvolver   recursos  vitais,  se parecendo  mais a crises  motoras que a  movimentos orientados (Le Boulch).  

        Corpo  vivido,   segundo   Freire,  é  a  etapa  onde,  passados  os  primeiros  meses  de  vida,  nota-se  que  os  chamados  reflexos  arcaicos  (de  sugar  e  agarrar,  por  exemplo )  começam a ceder lugar  aos  movimentos  intencionais. 

         Esquemas  de  ação,   segundo  Freire,  é  o   ato   de,  para  se  adaptar  ao   mundo,  para resolver  problemas,  para  agir   sobre  o   mundo,  transformando-o,  o   sujeito   construir movimentos corporais específicos, dirigidos para  um fim e  orientados por uma  intenção. 

         Segundo  o  autor, o  primeiro   período   de vida da  criança,  que vai do  nascimento  até o  surgimento   da  linguagem,  baseado  em  Piaget,  do   ponto  de  vista  da  inteligência,  é chamado  de  sensório-motor  (entre  1  e  2  anos  de  idade) ,  divididos  em  três  estágios,  o dos reflexos, o  da organização  das percepções e hábitos  e  o  da inteligência propriamente  dita – Essa primeira  fase, de acordo com  Freire, é chamada de  fase de  latência. 
 
         Segundo  o  autor,  a  partir   do  surgimento   da linguagem,  inicia- se  um  novo  período, que  incorpora  o  anterior  e  acrescenta  às  atividades  da  criança  os  símbolos,  a representação   mental,  é  a  chamada  primeira  infância,   ou  período  pré-operatório, intuitivo ou  simbólico (entre  2  e 7  anos  de  idade) .   A  questão  daí  para  frente,  segundo o  autor,  não  será  somente  o   fazer,  mas  também  o   compreender.   É  quando  surge,  segundo  o  autor,  baseado  em  Le Boulch,  a  função  de  interiorização,  que  permite  à  criança  conscientizar-se  de  aspectos  de  seu  corpo  e  exprimi- los  verbalmente  através  da  função simbólica.  

         Segundo  o  autor,  após  diversos  anos  aprendendo   a  se  movimentar,  a  pensar ,  a  sentir  e  a  se  relacionar,   a  criança  se  vê  em  condições  de  estabelecer  com  o  mundo  uma relação  de  igualdade.  Ou  seja,  passará  de  um  estado  em  que  se  coloca  como   centro   de todas as  coisas  para  um  estado onde não  é  mais centro,  e  sim  um  organismo   relacionado com  os  outro s.  A  esta  fase,  o  autor,  baseado  em  Piaget,  classifica  como   o  período operatório - concreto  (dos  6,  7  anos,  até  os  10- 12  anos),  que  é  marcado  pelo início da  cooperação e do raciocínio  lógico . 

         Nesta  fase,  segundo  o   autor,  tanto  a  linguagem  da  criança  se  mostra  socializada,  favorecendo   as  relações  inter individuais,  como   suas  explicações  para  os  problemas tornam-se  gradativamente  compatíveis  com  a  realidade.   Porém,  ainda  nesta  fase,  a criança  não   tem  o  poder  de  ultrapassar   os  limites  da  prática,  o   que  só  começar á  a acontecer com  o  ingresso  na puberdade ou  na adolescência. 


        Segundo  o  autor ,  o  último  dos  períodos  de  desenvolvimento  da  inteligência  descritos  por  Piaget   começa  na  adolescência  e  introduz  o   indivíduo   no   mundo  dos sistemas  e  teorias.  Nesse  período,   denominado   por  Piaget  operatório-formal  ou hipotético- dedutivo, o   sujeito   rompe  as  barreiras  da realidade  concreta,  da  prática  atual e se  interessa  por   problemas  hipotéticos  sem  relação  com  a  realidade  vivida  no  dia-a-dia.  

        - A Formação  do Símbolo :  

        O  conceito  de  Símbolo  do  autor  se  baseia  no  conceito   definido  por  Piaget : Símbolo é uma representação mental de objetos do mio esterno. Por exemplo , a  imagem mental  de uma  árvore, o nome de um utensílio .  

              • O mundo da  fantasia  

       Segundo  o  autor,  a  criança  demonstra  que  começou  a  pensar  quando  inicia  conosco uma  comunicação  em  linguagem  verbal, social. 

       Freire  constata  que  quando  não  estão  envolvidas  nas  tarefas  exigidas  pela  escola,  as  crianças  realizam  muitos  brinquedos  simbólicos;  a  própria  escola  inclui  isso  entre suas  atividades.  O  que  raramente  se  vê,  no  entanto,  é  uma  integração  entre  o   faz-de-conta  da  criança e a  atividade concreta  de ensino  da escola.  

        - O  Brinquedo  Simbólico:  

        Para  entender  –  Brinquedo   Simbólico   –  deve-se  sempre  ter  em  mente  a capacidade  da  criança  em  fantasiar  a  realidade,  da  capacidade  das  mesmas  de  traduzir  suas  vontades e desejos na prática, pelos brinquedos de faz -de-conta. 

        Segundo  o autor, dentro de um  brinquedo   simbólico,  dependendo do contexto e do tema  que  o   professor  escolher  para  desenvolver  na  aula,   podem-se  provocar  na  criança,  sem  aborrecê- la,  reflexões sobre espaço,  tempo ,  quantidades,  classes etc. 

        A  conquista  do  brinquedo   simbólico  pela  criança  representa  que  a  mesma  comece  a  imaginar,  a  refletir,  a  raciocinar,   conferindo - lhe  essa  aquisição  de  um  saber  fazer  físico   ou  menta l,  um  novo  poder,  o  qual,  se  posto  em  ação,   é  acompanhado  de  um prazer que estimular seu exercício .  

       Baseado   em  Piaget,   segundo  o   autor,  Inteligência  é  um  recurso  de  adaptação   ao mundo,  seja  do   ponto  de  vista  físico ,  seja  do   ponto  de  vista  mental.     Essa  adaptação demanda esforço , resolução de  conflito se problemas. A ação  mental dá - se, portanto, em meio  a  esse  duplo   jogo   de  superar  problemas,  conflito se,  ao   mesmo  tempo ,  exercer  o prazer  da  realização da  ação,  transformando -a  numa  atividade  e m  que  se  confundem ação  adaptativa  e  jogo .  A  tal  ponto,  que  se  torna  muito   difícil  observar  na  criança alguma ação que  não seja  o  brinquedo . 

        Segundo  o  autor,  durante  o   ato  de  imaginar,  nada  se  interpõe  à  fantasia  infantil mas, durante a ação corporal que o  acompanha,  verifica - se uma  busca de a justamento  ao mundo  exterior ,  uma  espécie  e  acomodação .  Por  outro  lado ,   a  ação   imaginada  não  tem origem  na  mente apenas,  mas  na relação  concreta da criança com  o  mundo.  
     
        Para  o  autor,  a  escola  não  deveria  trabalhar  com  a  criança  no  sentido  de  treiná - la para  ser  adulta,  mas  sim  no  sentido   de  a  criança  construir   e  reforçar  as  estruturas corporais e  intelectuais  de que dispõe. 

         Segundo  Freire,   no  brinquedo   simbólico,  na  sua  construção  imaginada  e  corporificada,  a  criança  vive  e  representa  um  sem - número  de  relações.  Saltar  um  rio  largo ,  atravessar  uma  ponte  estreita,  repartir  a  comida  feita,  são  atividades  que  materializam,   na  prática,  a  fantasia  imaginada,  e  que  retornarão  depois  da  prática  em forma  de  ação   interiorizada,   produzindo   e  modificando   conceitos,  incorporando-se  às estruturas  de  pensamento .  Ou  seja,  no  brinquedo   simbólico  a  ação   vai  e  vem incessante mente,  da  ação  ao  pensamento ,  modificando -se  em  cada  trajeto ,  até  que  as representações do  indivíduo  possam  se expressar de  forma  cada vez mais compreensível no  universo  social.   A  prática  social  acaba  por  sofisticar  cada  vez  mais as  representações que o sujeito  faz do  mundo.  

        O  autor  sugere  alguns  jogos  simbólicos:  Jogo   dos  Opostos;  Brincando  de Trânsito ; Brincando de  Circo; Brincando de esconde -esconde; [por cariocalino]

         - Jogo de Construção: 

         O  autor  relembra  que  o   que  caracteriza  o   jogo   simbólico  é  o  brincar  de  fazer -de-conta,  aquilo que  não  é.  São  representações  livres,  pouco  vinculadas  à  realidade  concreta,  que  refletem  o   nível  de  compreensão   da  criança  em  re lação  ao   mundo  que  a cerca. 

         Diante  disso,  o  autor  argumenta  que  a  criança,  a  partir  de  cinco   anos  de  idade,  começa  a  manifestar  uma  preocupação  crescente  em  realizar  com  exatidão as construções  materiais  que  acompanham  os  jogos  de  que  participa,   dando  lugar  a  forma s  de  jogo  mais  comprometidas com  a realidade concreta, com o mundo  social.

         Dessa  forma,  segundo  o  autor,  à  medida  que  se  refinam  os  mecanismos  de  relações  com  o  meio ,   também  se  re finam  os  conhecimentos  acerca  do  próprio  corpo. Assim,  o   corpo,  cada  vez  mais  conhecido,  permite  que  o   sujeito   corrija  suas interpretações,  que  vão   de  uma  representação   quase  que  só  de  faz -de-conta,  a representações  muito  próximas  do   que  é  vivido   corporalmente,  isto   é,  do   mundo concreto  como ele é.

        Portanto,  ao  final  da  primeira  infância,  segundo  o  autor,  as  descrições  verbais  da  criança  passam  aos  objetos  utilizados,  procurando  reproduzir  com  materiais,  da  forma  mais fiel possível,  as coisas imaginadas, o   que caracteriza o   jogo de construção. 

        Segundo  o  autor, o   jogo  de  construção  estabelece   uma  espécie  de  transição   entre o  jogo   simbólico  e  o  jogo  social,  este,  a  forma  mais  evoluída  de  jogo ,  com  regras  e marcado  pela co operação. 

Capítulo  2  –  Pedagogia  do  movimento  na  escola  de  segunda  infância  (primário) 

 - Educação  do Movimento o u Educação pelo  Movimento ? 

        No  entender  do  autor,  a  Educação  Física  não  é  apenas  educação  do  ou  pelo  movimento :  é  educação  de  corpo  inteiro,  entendendo- se,  por  isso,  um  corpo  em relação  com  outros  corpos  e  objetos,  no  espaço.  Educar  corporalmente  uma  pessoa  não significa  provê- la  de  movimentos  qualitativamente  melhores,  apenas.  Significa  também educa-la  para  não  se  movimentar,  sendo   necessário   para  isso  promover-se  tensões  e  relaxamentos, fazer  e não -fazer. 

        Capítulo 3 –  Como começar,  por onde ir?  

        Para  o  autor,  antes  de  pretender   equiparar  o  nível  de  habilidades  motoras  aos  dos modelos teórico s, devem- se  levar em  conta  pelo  menos dois  aspectos: 

1) Cada conduta  motora tem uma história  a ser considerada;  
2) O  conhecimento   corporal,   tanto  quanto   o   conhecimento   intelectual,  deve ser  significativo ,  isto   é,  referir - se  a  um  contexto   do  mundo  vivido ,   ter correspondência na experiência concreta da criança. 

         No  que  se  refere  ao  cognitivo ,   segundo  o   autor,  em  primeiro  lugar  deve - se  levar em  conta  a  organização  do  saber - fazer,  o   saber  corporal,  base  de  toda  cognição  e fundamenta  na ação  humana pro to da a vida. [por teamlineco]

        Capítulo 4 –  A respeito d o Jogo 

        Segundo  o  autor,  brincadeira,  brinquedo  e  jogo  significam  a  mesma  coisa,  exceto que  o   jogo  implica  a  existência  de  regras  e  de  perdedores  e  ganhadores  quando  de  sua prática.  O  autor  também  a firma  que  esporte  e  jogo   representa m  quase  a  mesma  coisa, apesar de esporte ter mais  a  ver com  uma prática sistemática. 

 Baseado em Piaget,  Freire  apresenta que  os jogos ou  brinquedos podem ser de três tipos: de Exercício, de Símbolode  Regra,  que não  são  necessariamente excludentes.                       


Para  Piaget ,  o  jogo de  Exercício   não   tem  outra  finalidade  que  não  o   próprio prazer  do  funcionamento.   Remete  ao  fato  de  alguém  realizar ,  sem  necessidade,  um  ato já  conhecido  e  com  prazer  –  o  prazer  que  o  saber-fazer  confere.   Segundo  o   autor,  esta conduta  não  é  exclusiva  deste  ou  daquele  período  de  vida,  mas  uma  ação  evidente  e  a única  forma  de  jogo possível  para  as  crianças  do período sensório-motor,  aquelas  que  ainda  não  estruturaram  as representações mentais que caracterizam o pensamento. 

 O  jogo  Simbólico,  segundo   o  autor,  ao  contrário   do  primeiro ,  não  teria  limites funcionais:  além  de  exercer  papel  semelhante  ao  do  jogo   de  exercício ,  acrescenta  um espaço  onde  se  podem  resolver  conflitos  e  realizar  desejo   que  não  foram  possíveis  em situações  não-lúdicas.  Ou  seja,   no  jogo   simbólico  pode - se  fazer-de- conta  aquilo  que  na  realidade  não  foi possível.  

Segundo  o  autor,  a  terceira  categoria  considerada,   a  do  jogo  de  Regras,  surge,  de for ma  estruturada,  em  último  lugar.  É   uma  característica  do  ser  suficiente mente socializado ,  que  pode,  portanto,  compreender  uma  vida  de  relações  mais  amplas. Enquanto  jogo,  representa  as  coordenações  sociais,  as  normas  a  que  as  pessoas  se submetem  para viver em  sociedade.  

Capítulo 11 –  A avaliação em Educação Física  

         O  autor  se  posiciona  em  relação  aos  métodos  tradicionais  de  avaliações  (provas, notas,  test es,  etc.):  “De  maneira  alguma  posso  admitir   que  essa  forma  de  avaliar   é suficiente.  Não  basta  medir  para  avaliar,  pois  isso   não   leva  em  conta  os  meios  que  o  aluno  utiliza  para  chegar  ao s  resultados,  meios   esses  que  são  os  elementos  mais  indicativos do  progresso de seu conhecimento ”.  

         Para  o  autor,  as  relações  sociais  entre  as  crianças  na  aula  de  Educação  Física  não  podem  ser  avaliadas  a  não  ser  levando -se  em  conta  aspectos  qualitativos  das  relações,  ou  seja,  uma  análise  qualitativa  daquilo  que  o  professor  observa  nas  relações  entre  as crianças,  inclusive  nas verbalizações entre elas e como   professor .  

O  autor  apresenta  que  há  uma  regra  prática  e  básica  para  avaliar  tanto   a  proposta do  professor,   como   a  realização  do  aluno:  Se  a  atividade  sugerida  mostrar -se,  para  a maio ria  do   grupo,   muito   fácil,   não  é  boa,   pois  está  aquém  do  desenvolvimento   da criança,  não  havendo  o   que  aprender,  nem  promoção   de  desenvolvimento.   Se  a atividade  for,  para  esse  mesmo   grupo,  muito  difícil,   de  for ma  que,   mesmo  tentando algumas  vezes,  a  maioria  não  consegue  realiza- la,  também  não  é  boa,  pois  está  além  das possibilidades  do  grupo .  Nesse  caso,  segundo   o  autor,  o  nível  de  desenvolvimento  atual não  é suficiente  para dar  conta dos problemas  próprios daquela ação . Num terceiro  caso , se  uma  vez  proposta  a  atividade,  esta  mostrar -se,  para  a  maioria  das  crianças,  viável,  apesar de apresentar algumas dificuldades  iniciais, então,  sem dúvida, é adequada para o grupo.  O  fato  de  conter  dificuldades,  de  modo  que  haja,  desde  o  início ,  fracassos  e êxitos  parciais,  significa  que  há  elementos  na atividade  um  pouco  além  do  desenvolvimento   atual.  Tais  elementos  constituem  fatores  de  desequilíbrio  momentâneos,  que  terão,  como   decorrência,  re equilibrações  para  patamares  superiores de  conhecimento  e  desenvolvimento .  Ou  seja,  o  aluno  é  “puxado”  para  a  zona  de desenvolvimento  proximal,  conforme a  descrição de Vygotsky.  

        Segundo  o  autor,  de  um  certo  ponto  de  vista,  esse  procedimento  simples  de observação   pode  propiciar  uma  avaliação  da  proposta  do   professor.   Ele  saberá, observando  as  reações  das  crianças,  se  a  tarefa  é  ou  não  adequada,  tendo  sempre  presente  que  seu  papel,  na  escola,  é  trabalhar  com  atividades  que  apresentem  um  nível de  dificuldade  que  leve  a  criança  a  construir  novos  mecanismos  para  superar  os problemas,   isto é, raciocínios,  coordenações  motoras, resistência e assim  por diante.

Por:
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