Revitalização das Ilhas Irlandesas
A Irlanda lançou o programa "Our Living Islands" para revitalizar comunidades em ilhas pouco habitadas, oferecendo até 70 mil euros para reformas de casas abandonadas. Com foco em 23 ilhas e cerca de 2.734 habitantes, a iniciativa visa fortalecer a cultura local e garantir a sustentabilidade até 2033. Outros países também adotam estratégias semelhantes para repovoar áreas em declínio, refletindo uma busca global por preservar a história e a cultura local.
#revitalizacao #comunidades #ilhas #sustentabilidade #cultura
A Irlanda lançou um programa ambicioso chamado “Our Living Islands”, que busca revitalizar comunidades em ilhas pouco habitadas ao longo da costa oeste do país.
Com o objetivo de combater a despovoação e revitalizar economias locais, o governo irlandês está oferecendo até 70 mil euros, aproximadamente R$ 454,8 mil, para quem estiver disposto a reformar casas em estados de abandono ou desocupadas.
Em 23 ilhas participantes, que somam cerca de 2.734 habitantes atualmente, a iniciativa pretende fortalecer a cultura local e garantir a sustentabilidade das comunidades insulares até o ano de 2033.
Ilhas icônicas como Aran, Clare, Dursey, Inishturk, Inishbofin e Bere, conhecidas por seus belos litorais e até mesmo como cenário de filmes indicados ao Oscar, são parte desse projeto.
Para se qualificar ao programa, as propriedades devem estar desocupadas ou abandonadas por pelo menos dois anos, ter sido construídas antes de 2007 e devem ser reformadas para se tornar residências principais ou serem alugadas por longos períodos.
Os novos proprietários que se candidataram ao programa devem se comprometer em ocupar ou alugar o imóvel por, no mínimo, dez anos, com a obrigatoriedade de reembolsar o subsídio caso o imóvel seja vendido dentro dos primeiros cinco anos.
Além disso, o incentivo financeiro não pode ser utilizado para casas de temporada ou locações de curta duração.
A estratégia não é exclusiva da Irlanda; outros países, como a Itália, Croácia, França e Japão, têm adotado abordagens similares para repovoar áreas remotas e em declínio.
A Itália, por exemplo, atraiu atenção com seu programa de "casas por 1 euro", enquanto países como a Croácia e o Japão têm facilitado a venda de propriedades rurais por valores simbólicos.
Ou até mesmo leiloado essas propriedades, impondo como condição que se tornem residências permanentes de seus compradores.
Este movimento global reflete uma busca comum: preservar a história e a cultura local, revitalizando o que, outrora, era um núcleo vibrante de vida, cultura e tradição.
País europeu oferece mais de R$ 450 mil para atrair moradores para ilha remota; entenda
Irlanda renova programa que paga pessoas para reformar casas em ilhas pouco habitadas; ideia é revitalizar comunidades costeiras
Uma das casas tradicionais das Ilhas Aran, na Irlanda
A Irlanda está oferecendo até 70 mil euros (cerca de R$ 454,8 mil) para reformar casas em ilhas remotas na costa oeste do país. A iniciativa faz parte do programa “Our Living Islands”, que busca combater a despovoação e revitalizar comunidades em 23 ilhas irlandesas, que hoje têm apenas 2.734 habitantes.
Lançado em 2023 e planejado para durar até 2033, o programa tem como objetivo garantir a sustentabilidade de comunidades insulares, fortalecer a cultura local e diversificar as economias dessas regiões.
Ilhas como Aran, Clare, Dursey, Inishturk, Inishbofin e Bere, conhecidas por seus litorais rústicos e cenários que serviram de pano de fundo para o filme “Banshees de Inisherin” (2022), que foi indicado ao Oscar, estão entre as participantes.
O governo irlandês oferece incentivos financeiros para reformar casas desocupadas ou abandonadas, com valores que variam entre 50 mil euros (R$ 324 mil) para propriedades vagas e até 70 mil para imóveis em estado de abandono, que exigem reformas mais extensas.
O dinheiro deve ser usado exclusivamente para melhorias nas residências, que precisam ser usadas como moradia principal ou alugadas por longo prazo.
Quem pode se candidatar?
Não é necessário ser cidadão irlandês para participar, mas os candidatos devem ter o direito de residir na Irlanda, conforme as regras de visto do país. Até o final de março deste ano, 22 de 35 candidaturas haviam sido aprovadas, segundo o Departamento de Habitação, Governo Local e Patrimônio.
Para se inscrever, os interessados devem acessar o site oficial do governo irlandês. Para se qualificar, a propriedade deve:
Estar desocupada ou abandonada por pelo menos dois anos;
Ter sido construída antes de 2007; e
Ser reformada para uso como residência principal ou aluguel de longo prazo.
Os novos proprietários devem se comprometer a morar ou alugar o imóvel por pelo menos dez anos. Caso a propriedade seja vendida nos primeiros cinco anos, o subsídio deverá ser reembolsado às autoridades locais. O programa não permite o uso do incentivo para casas de temporada ou aluguéis de curta duração.